BRUNO KABUKI

As vezes é muito difícil saber qual é o momento de ajoelhar-se e simplesmente agradecer. A vida tantas vezes destoa daquilo que planejamos e que colocamos como verdade, que quando algo de bom acontece, ficamos tão estonteantes que não sabemos nem como regraciar o ato inimaginável. Reconhecer todas as conquistas alcançadas naquele período que parecia tão difícil e que nunca ia acabar. Retribuir a alguém o apoio, o colo, o conforto que lhe foi dado tantas vezes de forma gratuita e sem pretensões. Espalhar o amor que tantas vezes lhe pareceu falho e sem motivos de compensações. Gratidão de estar vivo, de ter pessoas tão maravilhosas que te cercam. Por ter Deus no coração e Ele sempre lhe guiar quando o caminho parece tão obscuro e desnivelado. O farfalhar das folhas caindo, o assovio das pessoas felizes, o canto dos passarinhos com sua enorme inocência, o som da chuva caindo ou o rio que corre com pressa e sem motivos para olhar para trás. Ser grato é reconhecer que todos os esfor

Esquecer é o melhor remédio! Quantas vezes já ouvi isso? Com certeza muitas. A lembrança corrói qualquer pessoa, de forma boa ou ruim, mas corrói. Nossos sentimentos são ativados automaticamente ao se deparar com imagens, sons, cores, toques, histórias de passados recentes e distantes. O corpo chora quando lembra-se do acontecimento “mais importante da vida”, vê-se que nos prendemos muito nesses clichês, como se estar vivo hoje já não fosse um grande acontecimento. O frio na barriga, a dor no coração. Tudo aquilo que nos desestabiliza, é sinal de momentos nostálgicos de um passado marcante. Quando se fala do que se foi ou aconteceu, junto vem a emoção de que perdemos algo ou de que devíamos ter feito em certa situação e blá,blá,blás de quem muitas vezes vive mais no ontem do que no hoje. Esquecendo que só o hoje pode ser mudado. Esse é o grande pecado dos seres humanos, esquecer o presente, buscar sempre o impossível passado e correr atrás do inalcançável futuro. Lembrar