AS ORIGENS DO TEATRO



AS ORIGENS:

É na Grécia que começa o nosso teatro. E tudo começou ligado, como já falamos, à religião. As procissões louvando e narrando a vida do deus Dionísio, reuniam milhares de pessoas num ritual/cerimônia onde estavam presentes a dança, a música e imitações desse deus.No local de sacrifício, onde a multidão se reunia ao final da procissão, um grupo de pessoa (os sátiros), entoava cantos, inicialmente improvisados, depois compostos pelos poetas. Em 534 a.C., o poeta Tespis separou-se do coro, recitando outro canto. Daí foram surgindo outros atores/cantores/recitadores ampliando a cerimônia. Assim,além do coro (sátiros), surgiam pápeis destacados e o protagonista, ou ator (gronista) principal (proto). O teatro grego conheceu grande progresso cerca de 534 a.C. quando o governo do ditador Psístrato organizou um concurso de peças teatrais, no gênero da época: a tragédia. Eram características da tragédia: - luta feroz dos seres humanos contra a fatalidade, o destino cruel;- a virtude e a nobreza dos sentimentos;- a passividade, a calma diante da morte, do sofrimento;- uma linguagem bastante sofisticada. As tragédias, tinham por finalidade, emocionar, comover, provocar lágrimas, fazer com que o público tivesse uma verdadeira identificação com o protagonista e sua causa. Principais autores do gênero tragédia: Ésquilo (525-456 a.C.), Sófocles (490-406 a.C.) e Eurípedes (484-406 a.C.)Entretanto, ao lado desse gênero, surgiu outro: a comédia. Enquanto a tragédia exaltava as virtudes e os sentimentos nobres, a comédia satirizava os excessos, a dissipação, a falsidade, o embuste, os sentimentos mesquinhos. E sendo o avesso da tragédia, não pretendia comover, mas fazer rir. O maior comediógrafo foi Aristófanes. O teatro grego, vai perder sua vitalidade por volta do século I d.C., quando então Roma passava a dominar os povos do mundo ocidental.

O TEATRO ROMANO:

O desenvolvimento do teatro em Roma, se deu por imitação do teatro grego. Durante as guerras de 264-241 a.C., os romanos tiveram contato com o teatro grego, através das colônias espalhadas pela Itália. Às suas lutas de gladiadores, os romanos acrescentaram a "tragédia" e a "comédia". Havia então grandes festivais, onde se reuniam lutadores, dançarinos e "atores".

Com o surgimento do cristianismo, que associava a atividade teatral aos ritos pagãos, além de condenar sua licenciosidade, o teatro romano começou a decair. Em 586 a.C., com a invasão dos lombardos, desaparecem os últimos sinais. Neste período, o teatro sofreu perseguições. A Igreja não via com bons olhos a concorrência que os espetáculos, jogos e diversões de toda espécie faziam às festividades religiosas. As atrizes passaram a ser equiparadas às prostitutas. Os "histriões" (comediantes,atores) não podiam receber a comunhão e os padres e leigos estavam proibidos de assistir peças teatrais sob pena de excomunhão (expulsão da Igreja). A atividade teatral se reduziu a brincadeiras (saltimbancos) na praça, nas feiras, para a diversão do povo. Mas foi a própria Igreja quem veio a reconhecer a validade do teatro, usando-o para sua pregação. Assim, surgiram pequenas peças chamadas de "Mistérios", representadas na porta das Igrejas, lembrando as principais passagens do Evangelho. Lembrança disso são as representações da Paixão de Cristo.

O TEATRO NO BRASIL:

Dando um salto no tempo e no espaço, vamos saber o que aconteceu no Brasil. Quando surgiu o teatro em nossa terra? Alguns escritores dizem que a atividade teatral chegou com Pe. José de Anchieta (1533-1597). O seu teatro, trazido na época da colonização era um teatro de fins catequéticos, ou seja, o que ele queria mesmo era catequizar, evangelizar os índios que aqui viviam.Mais tarde, vamos assistir no Brasil, várias peças vindas da Europa (Itália, França e Portugal principalmente). O primeiro prédio exclusivamente dedicado ao teatro foi construído no Rio de Janeiro ("Casa da Ópera") na época do Vice-Reinado. Outros autores afirmam que, na verdade, teatro brasileiro só acontece no fim do século XVIII, início do XIX. A "expressão de uma nacionalidade" autenticamente brasileira, vai acontecer com as comédias de Martins Pena e os dramas românticos dos poetas da abolição: Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves. É preciso falar ainda de João Caetano, que estimulou a formação dos atores brasileiros e valorizou o seu trabalho.- Informações tiradas do livro " O TEATRO NA VIDA E A VIDA NO TEATRO" de Plutarco Almeida - Impresso pela CCJ - Centro de Capacitação da Juventude - S.Paulo/SP.

FONTE:http://www.grupomilenium.hpg.com.br/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Besteirol: A Paz e o Passarinho

Receber menos do que se merece: vale a pena?

Tenho medo de mim mesmo