Redescobrir
“Redescobrir o sal que está na própria pele... Redescobrir o doce no lamber das línguas...” cantava Elis Regina, a maior cantora brasileira de todos os tempos. Ela divulgava a importância de buscar o que já havia sido esquecido. Encontrar-se de novo.
A rotina é um abismo que nossas vidas caminham ao encontro eterno. Mesmo sem perceber o hábito de repetir as mesmas ações, corriqueiramente, elas acontecem. Quem nunca se perguntou o porquê destes ramerrões? Por que nos deixamos cair na usança? A resposta às vezes pode ser simples, mas em muito casos, a complexidade se redobra. A usualidade que damos as nossas vidas são paradigmas impostos de geração em geração.
Mecanizar é tornar-se maquinal, que por sua vez é estar no automático. Quantas vezes no pegamos no piloto automático. Realizando as mais simples ações sem mesmo a sensação de fazê-las. Olhar no espelho e ver apenas o reflexo do seu próprio reflexo, quem age por instinto é simplesmente mais um perdido e irrefletido dentro de si mesmo.
A cada dia quando acordamos nos acostumamos a realizar tudo na mesma ordem e proporção. Nosso corpo é como um relógio com despertador indeterminado, funciona normalmente mas quando dispara não tem ação de criar novos caminhos a percorrer. Ele é preguiçoso e mal acostumado. Somos habituados a desviar da dor e do novo. Temos medo de caminhar em terra estranha.
Quando desmecanizamos nossos hábitos e redescobrimos o sabor de viver, como uma criança ao ver algo pela primeira vez. Com a troca dos nossos olhos por janelas que buscam sempre novidades, nada mais será como antes. A rotina? Será uma palavra esquecida, da mesma forma como a complexidade que dávamos a nos mesmos. Tudo ficará mais fácil. Redescobrir o ser humano que sempre esteve preso pelos costumes da religião, cultura ou sociedade. Trazer a tona o mundo colorido de despertar e saber que sempre uma linda manhã nos espera!
Fonte Imagem:http://www.makingabridge.com/newsletters/nl2_jun.htm
Autor: BK
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